
Em 1993, um grupo de amigas, utentes do Centro de Convívio, pensaram nas pessoas que por diversas razões não podiam conviver com o grupo à quartas-feiras. Analisando as razões de cada uma, decidiram ir ao seu encontro nos seus domicílios. Combinou-se um dia por semana para essas visitas, pois que, mercê de vários factores da vida, precisavam de alguém que as ajudasse a combater a solidão de dias inteiros.
As reacções fizeram-se logo sentir ao primeiro contacto: o grupo de voluntárias vinha satisfeito pelo sucesso da tarefa a que se tinham proposto, nesta “missão dupla dar e receber”. Assim, foram-se alargando horizontes a outras freguesias mais próximas.
O desenvolvimento deste grupo obrigou a Instituição a fornecer um apoio logístico e organizativo: passámos a proporcionar deslocação nas nossas carrinhas para locais mais distantes; reunir regularmente com este grupo para reflectir sobre problemas de ordem social que iam encontrando e a que seria necessário dar resposta pelos nossos serviços.
O grupo de Voluntariado foi reconhecido pelo Centro Regional Segurança Social de Aveiro em 1996 na presença da Dr.ª Rosa Morais técnica Superior do CRSS, que passou a denominar-se: “
Grupo de Voluntariado dos Pioneiros na Alegria do Bem – Fazer”.
Este Grupo, agora considerado
Grupo Comunitário, passou a ter direito de receber géneros alim

entícios pela Segurança Social para serem distribuídos a famílias carentes das freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga, incluindo cabaz de Natal.
Esta formalização obrigou a registar as actas das reuniões em livro de actas próprio que ainda se encontra hoje em vigor.
Conscientes da importância e da mais-valia que o grupo de voluntariado representava para a Instituição e Comunidade, sempre que possível frequentou acções de formação relacionadas com a sua actividade, contando com o apoio da Instituição na ajuda no transporte e inscrição.
Este Grupo apenas se dedicava às visitas domiciliárias, até que, a nossa amiga Leonor foi “pioneira”ao desenvolver um trabalho dentro da Instituição, assumindo ser manicura de todos os utentes de Lar e Centro de Dia, passando os fins-de-semana no Lar, ajudando noutras tarefas.
Ao longo do tempo, outras pessoas foram aderindo a este Grupo e também as funções do mesmo foram-se diversificando:
Nova era: Voluntariado Jovem
Continuidade da actividade do grupo de visitadoras

Participámos em parceria com a Câmara Municipal de Águeda e outras IPSS´s na criação do Banco de Voluntariado Concelhio, em Águeda.
Recentemente temos vindo a assistir ao entusiasmo de jovens por esta área, que revelam interesse por prestar voluntariado junto de crianças ou idosos, dedicando assim o seu carinho, respeito e solidariedade junto dos utentes mais fragilizados.
É importante referir que, a grande
sensibilização para o voluntariado nas escolas, associações e em todos os meios de comunicação tem contribuído para uma juventude mais activa e consciente que desperta para os grandes problemas sociais das populações que são mais afectados pela pobreza e exclusão social.
O voluntariado, nos Pioneiros, tem sido um contributo de melhoria na gestão dos recursos humanos possibilitando uma melhor prestação no serviço directo aos utentes.
Como diz Elza Chambel (Presidente do CNPV) “
O Vo
luntariado é uma expressão de participação cívica e democrática, baseada em valores como a solidariedade e a não discriminação, contribuindo assim para o desenvolvimento harmonioso da sociedade. A História do Voluntariado está associada à história da Humanidade, pois verificamos que, tanto hoje como ontem, um grande número de pessoas, genuinamente voluntárias, são capazes de doar vontade e tempo para ajudar os outros e lutar por causas e ideais.”
O Voluntariado representa, de facto, uma
força motora da sociedade ao longo dos tempos que têm estado ao serviço do seu semelhante com simplicidade e generosidade. Podemos afirmar que, o Voluntariado pode e deve, ser um
instrumento dinamizador da cultura dos Direitos Humanos.
A União Europeia proclamou 2011 como ano Europeu do Voluntariado. Pretende com esta medida evidenciar o trabalho dos voluntários que, com o seu contributo, promovem uma sociedade mais justa, mais democrática, mais tolerante e responsável.
Assim, a UNIÃO EUROPEIA pretende demonstra o reconhecimento a pessoas comuns que fazem coisas extraordinárias.